quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A traição faz bem para o amor



Uma das mais proeminentes psicólogas francesas, Maryse Vaillant, publicou um livro defendendo que a infidelidade masculina faz bem para o relacionamento conjugal e para a alta estima do homem. Em "Les hommes, l'amour, la fidélité" (Os homens, o amor, a fidelidade), Maryse explica que a traição na verdade é uma necessidade essencial para o funcionamento psíquico dos descendentes de Adão e que não significa o fim do amor pela parceira.


Maryse afirmou há poucos dias para o jornal inglês The Telegraph que a fidelidade não é natural, mas imposta pela cultura. A opção por negar essa tendência ancestral para pular a cerca pode fazer com que os homens sofram de “falta de caráter” e arruinar casamentos. “Eles simplesmente precisam de espaço para respirar”, avalia a psicóloga.

Não sei onde foi feita pesquisa para elaboração do livro, mas ele deixa explícito o sentimento reinante nos botecos e vestiários de futebol. A monogamia é aceita pelos homens (e nisso incluem-se as mulheres) porque é necessário um contrato para a convivência social. É o mesmo espírito que estabelece o estado de direito e que impulsiona o uso do terno num calor de 40 graus. Apesar de serem extremamente desconfortáveis, são responsáveis, entre outros pontos, por arbitrar as relações humanas – em poucas palavras: pura demarcação de território.

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